Amados, Quando olhamos para o tempo presente ficamos perplexos com tanta violência e descaso com a vida, percebemos visivelmente que o ser humano perdeu o sentido da vida, portanto quero analisar, com vocês, a orientação de João, o apóstolo do amor.Ele, em sua tarefa de pastorear o rebanho de Deus, depois de reafirmar a divindade de Jesus; de tratar da relação entre o pecador convertido e Deus; de apresentar o relacionamento da igreja com Deus e uns com os outros e da possibilidade concreta da vitória dos cristãos sobre as heresias, em I João 2:15-17, chama a atenção da igreja para sua relação com o mundo.A ênfase de João ao comportamento da igreja em relação ao mundo realça a posição do cristão, que, por meio de Jesus, entra num pacto de comunhão com Deus, que envolve toda a vida e a vida toda. Assim, viver com exclusividade para Deus é uma das marcas mais contundentes de seus filhos.O texto é aberto com a força do imperativo: "Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo". A palavra mundo deve ser entendida nesta passagem como o sistema que ordena a vida da sociedade humana, sob o domínio do mal, e por meio dele aprisiona a vida, os sentimentos e os desejos das pessoas.Todos nós devemos ficar atentos para esse mandamento de Deus por algumas razões da maior importância: 1. O amor pelo Pai e o amor pelo mundo são incompatíveis. Isso significa que eles não podem existir ao mesmo tempo. 2. Aquele que ama o mundo se identifica com sua curta existência e aquele que ama o Pai se identifica com sua eternidade. 3. O amor pelo Pai e o amor pelo mundo são mutuamente exclusivos. Essa é a razão pela qual somos intimados a não amar o mundo. Se alguém é absorvido pelos interesses do mundo que rejeita a Cristo, é evidente que ele não tem o amor do Pai.Em virtude de tudo isso, o mandamento contido no verso 15 elimina a possibilidade de o cristão ter outra opção de vida a não ser a que é determinada por Deus. João intensifica a exclusividade do viver para Deus, ao salientar que o cristão além de não amar o mundo, não pode e não deve amar as coisas que há no mundo, porque "tudo o que há no mundo procede do mundo". O apóstolo menciona três coisas que podem ser consideradas como marcas essenciais do paganismo.1ª. A concupiscência da carne, que se refere ao desejo da natureza caída e pecaminosa, ainda presente no interior do crente. 2ª. A concupiscência dos olhos, os desejos que são despertados por meio das tentações em virtude do olhar. Nesse caso, pode ser dito do amor à beleza divorciado do amor à bondade. 3ª. A soberba da vida, uma arrogância relacionada com as circunstâncias da vida, seja riqueza, posição social ou intelectual, ou ainda qualquer outra vaidade exagerada, utilizada com desejo ímpio de vangloriar-se sobre alguém.Por fim, a exclusividade do viver para Deus é descrita, no verso 17, em termos do resultado para aqueles que amam o Pai e aqueles que amam o mundo.O sistema maligno do mundo está condenado e, em processo de desintegração, caminha para o seu fim. João adverte que aqueles que amam o mundo terão o mesmo fim.Por outro lado, o Pai é eterno e todo aquele que faz a vontade do Pai permanece, vive eternamente.Como cristãos, somos chamados a viver exclusivamente para Deus. Isso é demonstrado quando rejeitamos o mundo e tudo quanto há no mundo em conflito com os padrões divinos e amamos ao Pai. Esse é um mandamento de Deus para nós. Que o Senhor nos abençoe. Rev. Liberato
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