METODOLOGIA: os moralmente perversos utilizam as mais variadas técnicas: os subentendidos, alusões malévolas, a mentira, humilhações. Por meio de palavras aparentemente inofensivas, alusões, sugestões ou não-ditos, é efetivamente possível desequilibrar uma pessoa ou até destruí-la.
1ª) A primeira fase do assédio consiste em DESESTABILIZAR a vítima. É toda e qualquer conduta abusiva manifestando-se, sobretudo por comportamentos, palavras, atos, gestos, escritos que possam trazer dano à personalidade, à dignidade, ou à integridade física ou psíquica de uma pessoa. Em seguida esses ataques vão se multiplicando e a vítima é seguidamente acuada, posta em situação de inferioridade, submetida a manobras hostis e degradantes durante um período maior. É a repetição dos vexames, das humilhações, sem qualquer esforço no sentido de abrandá-las, que torna o fenômeno destruidor. Assim acossada, a pessoa não consegue manter o seu potencial. Ela é estressada, crivada de críticas e censuras, para que se sinta seguidamente sem saber de que modo agir.
2ª) A segunda fase do assédio consiste em DESQUALIFICAR a vítima. Subentendidos, alusões desestabilizantes ou malévolas, observações desabonadoras. Pode-se assim levantar progressivamente a dúvida sobre a idoneidade, a honra, a competência, pondo em questão tudo que ele faz ou diz.
3ª) A terceira fase do assédio consiste em DESACREDITAR a vitima. Para pôr o outro para baixo, é ridicularizado, humilhado e coberto de sarcasmo até que perca toda a autoconfiança. Geralmente usa-se a calúnia, a mentira, tudo de modo que a vítima perceba o que se passa, sem que possa, no entanto, defender-se.
A VITIMOLOGIA – uma pessoa que tenha sofrido uma agressão psíquica como a do assédio moral é realmente uma vítima, pois seu psiquismo é alterado de maneira mais ou menos duradoura.
CONSEQUÊNCIAS: As consequências “emocionais” e “espirituais” desse estado de coisas para uma igreja não devem ser negligenciadas, já que a deterioração do ambiente provoca uma diminuição importante da eficácia ou do rendimento do grupo.
As Igrejas deveriam ficar atentas ao problema e combater biblicamente todas as formas de assédio moral que possam atingir os seus membros. Respeito é bom, e todo mundo gosta.
Rev. Derli Machado