quinta-feira, 31 de março de 2011

NOS MOMENTOS BONS E RUINS DEUS ESTÁ PRESENTE

Se você é como eu, um dia, sente-se forte e vigoroso, sente-se no topo. Mas, em outra ocasião, por causa das situações estressantes da vida, você acaba descendo para um vale. Observe o Salmo 30. Nele, Davi parece estar em uma montanha russa. Ele começa falando da forma como o Senhor o reergueu. Depois fala de cair de novo. Em seguida, argumenta com Deus sobre qual o proveito da sua morte. Então se alegra ao falar acerca de como o Senhor transforma a tristeza em alegria. Muitas vezes, sinto-me assim. E você? Este salmo nos mostra o quanto podemos ver o Senhor nos momentos bons e ruins da vida.

Provavelmente, este salmo foi escrito por Davi depois de ter-se livrado de alguma enfermidade física terrível. Mas é possível que o mal fosse de ordem espiritual, psicológica, mental. Davi, depois que seu pecado com Bate-Seba foi descoberto e punido, descreveu o seu sentimento como uma doença nos ossos. Davi é capaz de ver o Senhor estendendo a Sua poderosa mão para resgatá-lo da sepultura. Deus Pai, através do seu Filho Jesus Cristo, tirou-nos da sepultura do pecado e da perdição eterna. Ele faz isso também nos momentos bons e ruins da sua vida, mesmo que não seja uma sepultura literal.

O salmista incentiva todos a louvar ao Senhor depois da sua vitória sobre a sepultura. Este é o segredo daqueles que sabem levantar-se depois da queda: cantar louvores ao Senhor. Na vida com Deus, aprendemos que para se levantar de novo é preciso louvar ao Senhor e para conseguir vencer as provações da vida, muitas vezes, precisamos esperar a noite passar. O versículo 5 deste salmo é por demais alentador: “o choro pode persistir uma noite, mas de manhã irrompe a alegria.” Talvez a sua noite esteja levando mais do que 12 horas, dias, semanas ou meses. Mas o fato é que, não importa o tamanho da sua “noite”, espere, porque ela vai passar. E quando o dia chegar, com ele virá a alegria.

Nos versículos 6 e 7 do salmo, vemos Davi confessando que, quando superou um problema, se tornou confiante demais. Pensou “jamais vou cair de novo”, mas em seguida diz que, quando Deus “virou o rosto”, rejeitando a sua atitude, novamente Davi se sentiu desamparado. Sua segurança, sua própria confiança é uma montanha russa. Ele aprende que, depois de uma vitória, não deveria ter qualquer orgulho de si mesmo. É um grande erro.

Com este salmo aprendemos ainda que não há nenhum problema em “discutir a sua relação” com Deus. Não há nenhum pecado em questionar, argumentar, conversar com Deus a respeito do que você está passando. Davi argumenta com Deus. “Senhor, se eu morrer em que isso seria útil? Vou te louvar se estiver morto? Vou testemunhar de Ti se estiver morto?”, argumenta Davi. É claro que não oramos, não argumentamos com Deus tentando convencê-lo de alguma coisa. Mas quando argumentamos com Deus, crescemos no nosso relacionamento com Ele, aprendemos mais com o Senhor, recebemos respostas que vem d'Ele.

Meus irmãos, aprendamos a contemplar a Deus em todos os momentos das nossas vidas, certos de que sem Ele nada podemos fazer (Jo 15:5).

Deus o abençoe grandemente na sua caminhada cristã.

quarta-feira, 30 de março de 2011

ORAÇÃO É VITAL NA VIDA DO CRISTÃO


“Assim, aproximemo-nos do trono da graça com toda a confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça que nos ajude no momento da necessidade.” (Hb 4:16)


Leia Filipenses 4.4-9


A oração é importante na vida do cristão, pois através dela:


I – Cultivamos nossa espiritualidade – Com uma espiritualidade madura temos força para nos regozijarmos nas aflições (Fp 5:4); seremos íntegros diante de Deus e dos homens (Fp 4:5; 2:15) e temos acesso contínuo ao Trono da graça Fl 4.5b; Hb 4:16


II – Buscamos as bênçãos espirituais – Ela nos confere forças espirituais para enfrentar as adversidades Fp 4.6a; 4.12; É um meio de conquista e deve ser feita com ações de graças - Fp 4.6b; Ef 1.3; através dela temos comunhão com Deus que acalma perturbações Fp 4.7; Sl 43.5.


III – É um meio de alcançarmos o que necessitamos - Devemos compreender que a oração contribui para o nosso desenvolvimento Fp 4.8a; Rm12.12. E que o bem-estar da alma só alcançaremos no Senhor - Fp 4.9; Cl 3.2. Tudo o que necessitamos somente Deus pode nos suprir com sua riqueza e graça. Hb 4:16

terça-feira, 29 de março de 2011

O PERIGO DE OLHAR PARA TRÁS

Hiromitsu Shinkawa, 60 anos, foi resgatado por um destróier da Marinha japonesa em alto mar, depois de ter permanecido dois dias agarrado a um pedaço do telhado de sua casa, arrastada pelo tsunami que aconteceu no último dia 11 e devastou a costa nordeste do Japão. Segundo a agência de notícias japonesa Jiji, o sobrevivente contou que “começou a correr quando ouviu o alerta de tsunami”, mas “voltou para trás a fim de recuperar algo em casa e foi levado pelas águas”. Assim tem sido durante toda a história da humanidade. Diante da menor ameaça à sua integridade física, o ser humano busca proteger-se indo a um lugar seguro. Porém não são poucos os que morreram durante tentativa de salvamento de bens materiais que ficaram para trás. Da mesma forma, quando ouvem o alerta de uma terrível ameaça a sua integridade física, moral e espiritual, um tsunami devastador chamado pecado, cuja recompensa é a morte – “Porque o salário do pecado é a morte” –, muitas pessoas deixam tudo para seguir a Jesus – “Mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus, nosso Senhor” (Romanos 6.23). Todavia, depois de um tempo, ante uma avalanche de tentações e provações, muitos retrocedem, voltam atrás, abandonam a fé. Ovelhas que abandonam a segurança das “águas tranquilas” do Bom Pastor por coisas tão mesquinhas e são arrastadas pelas ondas gigantes da incredulidade e da desobediência para o mar revolto das práticas mundanas. As escrituras sagradas registram que, após haver experimentado a miraculosa libertação da escravidão, o povo hebreu sentiu saudade das “delícias do Egito” e desejou voltar para lá. Como consequência desse desejo mundano, a geração que saiu, com exceção de Josué e Calebe, peregrinou por 40 anos no deserto até que todos morreram e foram sepultados ali, sem entrarem na Terra Prometida. Não puderam entrar na terra, porque carregaram o Egito em seus corações. O livro santo narra também a história da mulher de Ló (lady Lorota), que contrariou a ordem de Deus para deixar as cidades de Sodoma e Gomorra, que se consumiam em fogo, sem olhar para trás, e ficou sem vida no caminho; transformou-se em um monumento à “insalinidade”; virou estátua de sal. A palavra de Deus ensina que, por pior que seja a situação ao seu redor, o discípulo não pode desgrudar os olhos do seu Mestre. Devemos, portanto, viver "olhando firmemente para Jesus, autor e consumador da nossa fé...” (Hebreus 12.2). O próprio senhor Jesus afirmou: “Ninguém que, tendo posto a mão no arado, olha para trás é apto para o reino de Deus” (Lucas 9.62). Talvez você esteja sendo tentado a voltar atrás, abandonar a sua fé. Aconselho que você diga (ou se preferir, cante) em alto e bom som: “Eu não voltarei para as coisas que deixei, porque lá (o mundo) não é o meu lugar”. E se por acaso você já foi arrastado pelas correntezas da perdição, porque voltou para trás, agarre-se, enquanto é tempo, nos destroços e clame a Jesus que o resgate, traga você de volta. Lembre-se: o cristão só pode retroceder em uma única direção: a do primeiro amor. “Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras...” (Apocalipse 2.4-5). Então, volte ao inicio de tudo, grite (ou se preferir, cante) em alto e bom som: “Eu quero voltar ao primeiro amor, ao primeiro amor, eu quero voltar a Deus...” Rev. Derli Machado

segunda-feira, 28 de março de 2011

A MISSÃO INTEGRAL DA IGREJA

Jesus contemplou a multidão e percebeu-a aflita, desamparada, sem direção, como ovelhas sem pastor. Como Supremo Pastor que é, compadeceu-se dela e orientou seus discípulos para que clamassem ao Pai a fim de que Ele mandasse trabalhadores para Sua seara. Trabalhadores dispostos a cuidar dela, que gastassem tempo de oração por e com ela. Trabalhadores que, a exemplo de seu Mestre, pudessem olhar nos olhos da multidão e perguntar: “o que queres que eu te faça?” Alimentá-la, curar suas feridas físicas, emocionais e espirituais tão somente pelo nome de Jesus. Isso é, na verdade, cumprir nossa missão aqui na terra como igreja, evangelizar, proclamar e viver o Reino de Deus.


Em Lucas 17:20-21, Jesus afirmou: "O Reino de Deus não vem de modo visível nem se dirá: “Aqui está ele”, ou “Lá está”; porque o Reino de Deus está dentro de vocês". O Reino de Deus trata-se da presença e da obra do Senhor Jesus atuando “dentro”, no “meio” e “por intermédio” daqueles que crêem e confessam Seu Nome. Como igreja, manifestamos o Reino de Deus, quando vamos ao encontro das demandas e necessidades sociais, emocionais e espirituais onde estamos inseridos.


O grande desafio para a vivência de um cristianismo verdadeiro é tornar visível por nossas palavras e atos o Reino de Deus, que está dentro de nós. Somos chamados por Deus para expressarmos Seu reino aqui e agora.


Estamos no mundo e Jesus pediu ao Pai que não nos tirasse dele, mas nos livrasse do mal, razão por que devemos fazer brilhar a nossa luz diante dos homens para que eles vejam as nossas obras e glorifiquem a Deus que está nos céus, pois somos o sal da terra e a luz do mundo. Deste modo, não podemos viver alienados e indiferentes aos fatos e problemas que ocorrem na sociedade, cheios de injustiça e opressão que trazem sofrimento às pessoas. Sem perder nossa identidade, devemos identificar-nos com as dores humanas e existenciais vividas e experimentadas pelas pessoas, denunciar a prática do pecado, injustiças e anunciar o amor e misericórdia de Deus, por meio de nossas palavras e ações. O Evangelho é o poder de Deus para libertação do homem do pecado, que o separa de Deus e o faz egoísta, violento e maledicente.


Como a igreja neotestamentária, temos de, pela unidade e oração, buscar o poder e ousadia, para anunciar a Palavra àqueles que estão perdidos e sem esperança. Não podemos ficar nas quatros paredes de um templo, no ostracismo, mas fazer diferença em nosso meio, sem medo das ameaças e perseguições.


Nosso propósito neste ano é termos uma atuação mais incisiva no meio social e, para isso, é necessário que cada membro entenda bem seu chamado, saiba que foi escolhido para servir e não ser servido. Deve engajar-se e contribuir de alguma forma para que nosso bairro e nossa cidade sejam impactados pela nossa ação como igreja do Senhor Jesus. Queremos fazer diferença em nossa comunidade através de uma missão integral.


O pastor René Padilha escreveu: "A Igreja com missão integral encarna os valores do reino de Deus e testifica o amor e a justiça revelados em Jesus Cristo, no poder do Espírito, em função da transformação da vida humana em todas as suas dimensões, tanto em âmbito pessoal como em âmbito comunitário."


Assim,desejamos pregar o evangelho por meio daquilo que falamos e fazemos, servindo com amor e atitudes concretas às pessoas em suas necessidades físicas, emocionais e espirituais, praticando as palavras do Salmista: “faz justiça aos oprimidos e dá pão aos que têm fome; que liberta os encarcerados, abre os olhos aos cegos, levanta os abatidos, guarda o peregrino, ampara o órfão e a viúva." (Sl 146: 7 a 9).


Meus amados irmãos, vamos juntos em unidade e oração buscar o poder de Deus para desempenharmos com ousadia e intrepidez a nossa missão. Coloquem-se à disposição do Reino, procurem comprometer-se em um ministério, exercitem o dom que há em vocês e seremos, assim, uma bênção nas mãos de nosso Rei Jesus.