sexta-feira, 8 de maio de 2009

A DIFERENÇA QUE A MÃE FAZ

Em nossa geração, o papel de mãe encontra-se muito desgastado. Ser mãe é muito mais do que gerar e dar à luz a um filho. No mundo materialista em que vivemos, aonde as coisas vêm primeiro que as pessoas, as mulheres estão mais preocupadas em produzir e buscar auto-satisfação, do que se aplicar na missão de ser mãe. Podemos contemplar claramente as conseqüências disso em nossa sociedade.

Quanta diferença a mulher faz no lar! Uma vez por ano, paramos a fim de refletir um pouco sobre este assunto. Qual a diferença que a mãe cristã faz, ou deve fazer, no lar? Nesta palavra pastoral, desejo citar três mães que admiro muito nas Escrituras, para descobrirmos a diferença que uma mãe, pela graça de Deus, pode causar na vida de sua família.

1. ANA – uma mãe que fez diferença por entregar seu filho a Deus. Nossos filhos não são nossos. Pertencem a Deus. Somos mordomos das pequenas vidas que Deus nos confia, para serem moldados conforme a Sua imagem. Somos pastores que cuidam dessas ovelhas para o Supremo e Bom Pastor. Para isso, temos que dedicá-los a Deus, confiantes em que Ele é um Deus bom, fiel, digno do nosso melhor. Ana cria totalmente na soberania de Deus! Deus sabe o melhor. Podemos descansar, entregando nossos filhos a Deus. Ai dos pais que têm um deus tão pequeno que não é digno da confiança de dirigir a vida dos filhos. Que pena dos pais que precisam ser deus na vida dos seus filhos, e não podem confiar num Deus soberano que os ama mais que eles.

2. JOQUEBEDE – Uma mãe que fez a diferença por ensinar seus filhos sobre Deus. Além de entregar seus filhos a Deus, a mãe que tem um grande Deus também faz seu papel de instruir seus filhos a respeito de Deus (Pv 22:6). É um processo de acompanhamento, de construção, colocando o filho no caminho do Senhor. Para Joquebede, Deus é soberano, fiel e nosso único Rei. O mais importante no ensino, que Anrão e Joquebede deram ao pequeno Moisés, foi sua identidade como filho de Deus e o fato de que era melhor obedecer a Deus do que aos homens. Podemos ensinar nossos filhos sobre sua verdadeira identidade como filhos de Deus. Pais que não têm medo de viver pela fé, viver como povo de Deus. Esta mesma fé foi transmitida a seu filho infante, que, depois, escolheu identificar-se com o povo de Deus, fazendo assim uma enorme diferença.

3. EUNICE E LÓIDE – na realidade são duas mães que fizeram a diferença, por equipar seus filhos com a Palavra do Senhor. Muitos consideram Paulo o pai espiritual de Timóteo e têm razão. De fato, Paulo foi o pai na fé que Timóteo nunca teve. Todavia muito antes do Apóstolo, o jovem ministro teve a bênção de contar com uma mãe e uma avó não apenas biológicas, mas também espirituais. Quando Paulo em sua segunda viagem encontrou Timóteo (Atos 16.1-3), a sua situação espiritual já era uma obra praticamente terminada. Era discípulo, com bom testemunho em toda a região de Listra e Icônio. Coube a Paulo dar alguns ‘retoques finais’, para aperfeiçoar Timóteo como servo do Senhor. Para essas mães, Deus se revelou de forma pessoal, pela Sua Palavra! Não os deixou sós, órfãos, mas deu-lhes Sua Palavra para conduzi-los pelo labirinto da vida! Como isso aconteceu? O segredo foi o preparo, os instrumentos dados a Timóteo em casa, baseados na Palavra de Deus!

Amados, a mãe que realmente faz diferença: Entrega seus filhos ao Senhor preparando-os para servir ao Senhor; ensina seus filhos acerca do Senhor e sua verdadeira identidade, exercitando-os para unir-se ao povo de Deus; equipa seus filhos com a Palavra de Deus, para servir ao Senhor de todo o coração. A resposta, porém, não está tanto nas mães, e sim no DEUS dessas mães. Um Deus digno e confiável, a quem entregá-los. Um Deus fiel, que nos deu uma identidade como filhos e por isso coragem para resistir o mal; Um Deus bom, que nos deu Sua Palavra, para conduzir nossas vidas.

Como pais e mães, somos falíveis, mas, pela graça do grande Deus, podemos fazer uma diferença neste mundo, a começar em nossos lares.

Que o Senhor abençoe as nossas mães, dando-lhes sabedoria e graça no exercício de tão nobre missão.

Rev. Liberato