sexta-feira, 2 de outubro de 2009

APRENDENDO ORAR COM JESUS

Amados, estamos desenvolvendo o seguinte tema em 2009: “Uma igreja vivenciando as disciplinas básicas do cristianismo.” Em setembro e outubro, trabalhamos a disciplina da oração. Não há referencial melhor para nós de uma vida de oração do que o nosso divino Mestre, por isso, vamos aprender com Ele.

Orar tem sido sempre um mistério e um desafio. Muitas vezes temos projetado nossos ideais e referências humanas como padrão sobre o que devemos pedir a Deus. Jesus, em João 17, nos ensina sobre a essência da oração, aquilo que deve motivar os nossos corações quando nos aproximamos do Pai.

Jesus orava de acordo com as prioridades divinas: “Glorifica o teu Filho para que o teu Filho te glorifique.” Em outras palavras, Ele estava dizendo: Pai, atua na minha vida agora, para que de maneira esplendorosa manifeste quem tu és, teus propósitos, teu amor e teu envolvimento para alcançar o homem. Qual era o propósito de Jesus? Única e prioritariamente glorificar o Pai. Ao orar assim, Ele dá prova de que não estava tão atento para suas necessidades e anseios pessoais, embora tivesse diante de si uma perspectiva clara de morte em breve. Era exatamente para aquele momento de sua morte que Ele pedia a glória de Deus. Ele postulava ser honrado e glorificado naquela cruz, não para sua exaltação, mas sobretudo para a glorificação do Pai.

Quantas vezes nossas orações são carregadas de puro egoísmo, pensamos somente em nosso bem-estar, inclusive só buscamos a Deus quando estamos precisando de alguma coisa material. Esquecemo-nos, com muita freqüência, de glorificar a Deus, reconhecendo que Ele tem um propósito para nossa vida aqui na terra, assim estejamos dispostos em qualquer circunstância a glorificar a Deus, pois temos convicção de que sua vontade é boa, perfeita e agradável.

Jesus orava de acordo com a Palavra de Deus. Quando Jesus orava, não se levava em conta invejas, sentimentos mesquinhos ou notícias à sua volta, mas se baseava apenas na autoridade das Escrituras, vejamos: “Pois lhe deste autoridade sobre toda a humanidade” (Jo 17.2). O que significava isso? Alguns estudiosos dizem que esta é uma resposta à oração que Deus desafia seu Filho a fazer no Salmo 2. Veja como Deus se dirige ao seu Filho Messias: “Pede-me e eu te darei as nações por herança e as extremidades da terra por tua possessão” (Sl 2.8). Jesus sempre fundamentava seus pedidos na palavra, pois esta nos revela a vontade do Pai. O Evangelista João em sua primeira epistola afirma: “Esta é a confiança que temos ao nos aproximarmos de Deus: se pedirmos alguma coisa e acordo com a vontade de Deus, ele ouvirá.” (I Jo 5:14). Ele não rogava por algo que não estivesse de plena harmonia com a Palavra de Deus, cujo conhecimento nos dá maior noção de sua natureza, vontade e nossas orações serão eficazes.

Jesus orava buscando comunhão com o Pai. “E agora, Pai glorifica-me junto a ti, com a glória que eu tinha contigo antes que o mundo existisse” (Jo 17.5). Jesus desejava sancionar com o Pai o relacionamento que Ele tinha antes da sua encarnação, ou melhor, antes da fundação do mundo. Ele vivia em plena unidade com o Pai, mas, ao tomar forma humana, iniciou-se outro tipo de relacionamento, e Ele estava dizendo: - Sabe ao que eu aspiro, Pai? Os momentos mais preciosos e íntimos da vida que tínhamos antes da criação do mundo e minha encarnação. Devemos ter o mesmo anseio quando oramos. Não podemos buscar a Deus somente quando necessitamos de alguma coisa, mas buscá-lo por anelar sua presença, desejar ficar horas de comunhão com Ele.

Amados que o Senhor nos ajude a imitarmos o nosso divino Mestre em nossa vida de oração: priorizando a vontade de Deus, orando fundamentados na Palavra e anelar por uma íntima comunhão com o Soberano Pai.

Rev.Liberato