quinta-feira, 26 de junho de 2008

DE BEM COM A VIDA

“Aprendi a viver contente em toda e qualquer situação” (Filipenses 4.11).

Parece fácil pronunciar tal afirmação quando tudo vai bem. Afinal, quem não se acostuma com o sucesso e a riqueza, com o aplauso e o reconhecimento? O problema é quando o mundo vira de cabeça para baixo. “Toda e qualquer situação”, inclui a situação presente, que é marcada pela quebradeira geral, recessão, ameaça de retorno da inflação, desemprego, fome e outras desventuras. Qual o segredo do apóstolo Paulo, para o contentamento incondicional?

Se desejamos a mesma experiência paulina, precisamos fundamentar nossa vida nos princípios da Palavra de Deus, e não nos modismos da época. A proposta de Paulo nos desafia a fugirmos dos casuísmos e firmarmos nossa existência em valores duráveis.

O primeiro deles é o reconhecimento de que tudo pertence a Deus. “Ao Senhor pertence a terra, e tudo o que nela se contém” (Salmo 24.1), incluindo os recursos de ordem econômica. É comum separarmos o Deus santo do vil metal. Já o Senhor afirma: “minha é a prata, meu é o ouro” (Ageu 2.8). Na verdade, a malignidade não se encontra no dinheiro, mas no valor que lhe atribuímos. A propriedade divina inclui o que está em nosso poder; seja pouco ou muito, tudo é do Senhor.

Se tudo pertence a Deus, por que as coisas estão em nossas mãos? Apenas, pelo fato de que Deus nos constituiu “mordomos”, isto é, administradores dos seus recursos. Deus nos confiou seus bens para serem trabalhados, visando a sua glória (Mateus 25.14-30). Devemos ser fiéis depositários. Geralmente, invertemos o conceito: tudo é nosso, e Deus que cuide de nós. Absolutamente, tudo é de Deus, e devemos laboriosamente cuidar do que é dele. Neste princípio, não nos referimos aos dízimos, pois estes são administrados por aqueles que Deus levantou para isto. Nossa mordomia é dos 90% restantes. É deles que devemos dar contas.

Isto deve conduzir-nos a uma perspectiva correta do dinheiro. O que a Palavra de Deus veementemente condena é o amor ao dinheiro (I Timóteo 6.10) e não o dinheiro em si. A visão do mundo é que o dinheiro existe para adquirir coisas, mas no Reino de está abatido, comunicamos o amor de Deus, orando, abraçando; se alguém está em pecado, transmitimos o amor divino pela exortação; então, se alguém tem necessidades materiais, mostramos o amor do Senhor mediante o provimento de recursos para eliminá-las (Tiago 2.15, 16).

Um princípio muito prático, que nos ajuda a viver contente em toda a situação, não tem sido vivenciado por muitos de nós. Devemos evitar a todo o custo qualquer endividamento (Provérbios 22.7). A praga do crediário tem derrotado muitos crentes que, iludidos pelas facilidades das compras, vendem a própria alma. Devemos viver modestamente, dentro de um orçamento inteligente, adquiririndo bens, mediante poupança. Não nos deixemos ser dirigidos pela inveja no tocante às finanças.

Por fim, só podemos superar a crise, se formos fiéis na mordomia cristã. Quando os apertos aparecem, começamos a cortar os gastos e, equivocadamente, começamos pela Igreja. “Ah! Este mês não foi possível dar o dízimo, porque não sobrou”. Nem vai sobrar, enquanto o dízimo figurar como secundário. Os dízimos são primícias, isto é, prioridade. Se o colocarmos no topo do orçamento, as janelas do céu vão derramar bênção sem medida (Malaquias 3.10), do contrário, sobre nós pesa o juízo do Senhor (Malaquias 3.8, 9).

Superemos a crise com o contentamento que vem do coração de Deus. Que o Senhor nos ajude a crermos no seu sustento e provisão para nossas vidas.

Rev. Liberato

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